A história dos bancos de dados

Hoje os bancos de dados são essenciais para muitas empresas e estão no coração de muitos sistemas computacionais. Ter acesso rápido às informações é muito importante para a correta tomada de decisões em um negócio.

Se você pretende trabalhar com desenvolvimento de softwares, com certeza precisará trabalhar com bancos de dados em algum momento. Conhecer a história dos bancos de dados e como eles evoluíram é muito importante para entender como os bancos de dados mais comum são organizados. Então como aconteceu a evolução dos bancos de dados?

A história dos bancos de dados

Antigamente as empresas armazenavam dados em fichas de papel que eram organizadas em arquivos físicos através de pastas. Extrair informações e manter esses arquivos organizado era uma tarefa muito custosa. Além disso o acesso à informação dependia da localização geográfica dos arquivos. Enfim esses arquivos físicos evoluíram para arquivos digitais.

No início, cada entidade (clientes, funcionários, produtos, etc) era um arquivo de dados que eram acompanhados de um "software simples" para manipular os dados do arquivo, esses softwares permitiam realizer operações de cadastro, alteração, exclusão e consulta nos arquivos digitais. De fato melhorou bastante, principalmente a tarefa de consulta de informações, porém os arquivos digitais eram ainda uma versão melhorada dos arquivos físicos.

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Mas as entidades precisavam relacionar-se, por exemplo um produto é fornecido por um fornecedor, e com os arquivos digitais relacioná-las não era uma tarefa muito trivial, os "softwares simples" para manipular os arquivos digitais começaram a ficar "complexos" para permitir os relacionamentos entre entidades.

Então, na década de 60 a empresa IBM investiu fortemente em pesquisas para solucionar estes problemas dos bancos de dados digitais primitivos. Vários modelos de bancos de dados surgiram nesta época, dentre eles os modelos hierárquico e rede.

Em junho de 1970, o pesquisador Edgar Frank "Ted" Codd da IBM, mudou a história dos bancos de dados apresentando o modelo relacional no artigo intitulado "A Relational Model of Data for Large Shared Data Banks", onde o autor apresentou uma forma de usuários sem conhecimento técnico armazenarem e extraírem grandes quantidades de informações de um banco de dados. Este artigo foi o grande impulso para a evolução dos bancos de dados, a partir do artigo de "Ted" Codd que os cientistas aprofundaram a ideia de criar o modelo de banco de dados relacional.

Banco de dados relacional

Apesar de ter sido o marco dos bancos de dados relacionais, o artigo de Codd não foi muito explorado no início. Só no final da década de 70 que foi desenvolvido um sistema baseado nas idéias do cientista, o "Sistema R". Junto com esse sistema foi criado a linguagem de consulta estruturada (SQL - Structured Query Language) que se tornou a linguagem padrão para bancos de dados relacionais.

Embora tenha contribuído para a evolução dos bancos de dados relacionais, o "System R" não foi muito bem sucedido comercialmente, mas os sistemas de banco de dados seguintes foram baseados nele.

Nos anos 80 surgiram outros bancos de dados, a Oracle apresentou o Oracle 2 e a IBM o SQL/DS (que se tornou DB2), ambos sistemas comerciais de bancos de dados. Na sequencia vieram SQL Server, MySQL, DBase III, Paradox, etc...

Bancos de dados hoje

Atualmente existem vários modelos de bancos de dados tais como orientado a objetos, orientado a documentos, etc. Mas o mais comum ainda é o banco de dados relacional. A decisão entre qual modelo de banco de dados utilizar baseia-se no tipo de dados que você pretende armazenar.

Por exemplo, se você for armazenar uma grande quantidade de dados em um modelo pequeno (imagine um banco de dados pro twitter), é mais indicado utilizar um banco de dados orientado a documentos a um banco de dados relacional. Muitas questões envolvem essa decisão, mas não é uma questão de superioridade entre uma ou outra tecnologia, todas tem prós e contras e são mais indicadas ou não para cada problema.

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