Por quê aprender a programar?
Apesar de parecer intimidante no começo, programar não é tão complicado como muitos pensam. Na verdade, da mesma forma como ler, escrever e fazer cálculos básicos, programação é a nova disciplina básica para alfabetização.
Muitas pessoas pensam que programação é só para nerds, uns caras malucos que ficam o dia inteiro na frente do computador fazendo “não sei o quê”. Isso é natural, principalmente entre as pessoas mais velhas que cresceram sem o contato com a tecnologia atual. Tenho uma convicção de que daqui a uns 10 ou 20 anos, programação será ensinado nas escolas como uma coisa tão básica quanto ler, escrever e fazer cálculos básicos como soma, subtração, multiplicação e divisão.
Software está em tudo!
Já parou pra pensar na quantidade de equipamentos que estamos diretamente em contato e que são controlados por softwares? Calculadoras, computadores, celulares, smartphones, tablets, óculos, relógios, internet, TVs, micro-ondas, geladeiras, caixa eletrônicos, linhas de produção, satélites, carros, impressoras (3D), letreiros digitais, drones, câmeras, semáforos, e mais um monte de coisa que eu ficaria horas (dias?) enumerando...
Hoje em dia tudo a nossa volta tem “inteligência”. E tudo é controlado por ... Softwares! Os dispositivos que são controlados por softwares estão por toda parte! Agricultura, manufatura, transporte, venda, agropecuária, medicina, etc. Atividades onde você menos imagina têm software! Isso tudo falando só do presente, deixo a sua imaginação livre para tirar suas próprias conclusões sobre o futuro.
Diferentemente do que muitos pensam, programação não é um monte de código que poucos conseguem entender. No fundo, programar é ensinar uma máquina a resolver problemas. Todos nós resolvemos problemas e tomamos decisões o tempo todo! Programação é uma forma de automatizar decisões e atividades dando comandos para que um equipamento eletrônico execute a tarefa autonomamente.
Programação melhora o mundo!
Aprender programação é uma forma de descobrir um mundo novo cheio de possibilidades. A cabeça do programador ferve de ideias de softwares legais que se pode fazer. Eu me divirto muito programando. Sem contar da satisfação que é ver a cara do usuário ao usar pela primeira vez o software que você desenvolveu e que resolve o problema que ele tinha. É muito gratificante!
Hoje em dia com a possibilidade de criar softwares para dispositivos cada vez mais portáteis - smartphones, tables, óculos, relógios, etc - podemos utilizar informações que o usuário nem imagina que fornece, e criar softwares que auxiliam as pessoas em diferentes aspectos.
Talvez você já tenha percebido o quanto é útil um software como o Waze, que mostra em tempo real, que a rua que você pretendia passar está congestionada por causa de um acidente de trânsito. Aliás, num futuro (não tão distante) da tecnologia os softwares poderão ser secretários pessoais superinteligentes e tudo (tudo mesmo!) a nossa volta ser controlado por softwares.
A atividade básica do futuro
Não precisa pensar muito para saber que a demanda por profissionais que sabem programar será altíssima em poucos anos. O mercado atual já sofre com a falta desses profissionais. Mais que isso, programação tende a ser uma atividade tão básica quanto dirigir um carro.
Para fazer uma analogia, os primeiros carros automotores construídos no início do século passado, receberam um olhar de desconfiança das pessoas que pensavam que só ricos teriam condições de pagar um profissional para manusear o automóvel. Hoje saber dirigir é uma atividade básica entre adultos.
Muitos pensam que só quem pode pagar um profissional pode construir softwares, mas a tendencia é acontecer o mesmo que aconteceu com os carros. Ao invés das pessoas contratarem um programador (motorista), elas mesmas criarão os próprios softwares (dirigir o próprio carro).
A demanda por programadores tem crescido mais que a quantidade de programadores que estão se profissionalizando. A falta de profissionais só está aumentando no mercado! Nos Estados Unidos as grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Google, Facebook, Twitter têm investido alto para conseguir ter os melhores profissionais, apostam em oferecer o melhor ambiente de trabalho.
O problema agora é colocar o ensino de programação nas escolas. Com isso tem surgido algumas iniciativas para incentivar o ensino de programação. Um dos grandes exemplos disso é a organização code.org, como pode ser visto no vídeo abaixo.